‘Metade dos meus ministérios terá militares’, reafirma Bolsonaro

Odeputado federal Jair Bolsonaro, presidenciável que aparece em segundo lugar nas intenções de voto para as próximas eleições, de acordo com as últimas pesquisa divulgadas, concedeu entrevista à jornalista Leda Nagle, divulgada nessa segunda-feira (5), no canal da jornalista no Youtube.

Ele voltou a defender a legalização da venda de armas no país. Ao comentar a violência vivida no Brasil, destacou a necessidade de investir mais nos policiais, por meio de treinamentos e aumento salarial, e considerou que “o policial tem de ter direito de matar se preciso for”.

“Para não morrer, ou para evitar que um terceiro morra, ele vai ter que atirar. E não ficar com essa interpretação romântica da lei: ‘coitado do marginal que não teve oportunidade'”, disse. “Nós temos de diminuir o número de mortes de pessoas inocentes. Se você aumentar o número de mortes de marginais, automaticamente diminuirá o número de mortes de pessoas inocentes. É uma guerra”, completou.

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Ao ser questionado se a violência vivida pelo país pode ser considerada terrorismo, Bolsonaro disse que não. “Terrorismo são as ações do MST, que são planejadas”, afirma. Para em seguida defender o agronegócio. “O nosso agronegócio está sendo sufocado, daqui a pouco vai faltar comida para nós”, avaliou.

Já no momento em que comentou a situação nos presídios, Bolsonaro disse que “o direito do encarcerado é não ter direito”. “Não é passar fome, fazer maldade, é ficar lá, quietinho, até cumprir sua pena”. Para ele, o objetivo da prisão “não é ressocializar em primeiro lugar, é tirar o elemento do convívio da sociedade”, para que ele não siga cometendo crimes.

Bolsonaro também afirmou que, quando começar a campanha eleitoral, pode ser que ele seja o único a ter 15 possíveis ministros definidos. “E pode ter certeza que metade dos meus ministérios será composta de militares”, prometeu.

O deputado se defendeu das acusações de que é homofóbico e machista, dizendo ser mal-interpretado. Ele disse ainda não acreditar que irá concorrer com Lula, nas próximas eleições. “Seria uma desmoralização da Justiça Eleitoral. A lei da Filha Limpa vale para mim e para você, não vale para ele?”, questiona.

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