A ganância de ser o deputado mais votado sempre trouxe prejuízos presentes e futuros

Dois políticos disputam hoje a condição de chegar ao final da eleição como os mais votados para federal e estadual. O blog refere-se ao secretário Márcio Jerry e o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto. Em algumas cidades, até fazem dobradinhas, em outras a mistura com todo tipo de gente, em busca de votos, pode não soar bem.

Márcio Jerry, no momento, se assemelha ao então secretário de Fazenda do governo de Luiz Rocha, o economistaJosé Teixeira, que buscou ser o federal mais votado e atingiu seu objetivo. Porém, no curso da campanha, atropelou velhos amigos e companheiros, criou alguns rompimentos, e nunca mais se elegeu a nada.

O homem forte do governo de Flávio Dino faz da eleição uma batalha de vida e morte. E que ninguém ouse atravessar seu caminho. E Dino sabe o quanto tem custado a ousadia, inclusive causando alguns embaraços para seu projeto de reeleição. Ainda assim, Jerry será o mais votado, podendo chegar a mais de 160 mil votos, mas almeja 200 mil.

O presidente da Assembleia Legislativa perdeu um bom conselheiro, o seu pai, o excelente jornalista Othelino Filho, que, no papel de diretor de Comunicação do Legislativo, sempre aconselhou o então presidente Manoel Ribeiro dos perigos de buscar ser estadual mais votado. Ribeiro atingiu o objetivo, mas deixou colegas e amigos fiéis sem mandato e acabou não se reelegendo presidente da Casa.

O deputado Othelino Neto precisa, também, na busca para ser o mais votado, olhar com quem anda para preservar o passado coerente do pai e garantir sua história no futuro. O apoio do pessoal da pesca, por exemplo, pode lhe render alguns peixes podres.

Neto passou a ser o bolo mais cobiçado por prefeitos e lideranças oportunistas, sempre com o argumento de que precisa ser o mais votado para garantir a reeleição  na presidência do Legislativo, considerando que Flávio Dino continua sendo favorito para renovar o mandato. Bem aí que reside o perigo.

A dupla tem tudo para garantir a eleição e reeleição, mas sem chegar depois do pleito com muitos inimigos dentro e fora de seu grupo.

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