Advogado confirma autenticidade de manuscrito de Mariano de Castro

O advogado José Carlos Sousa dos Santos confirmou ontem (17), em entrevista repercutida no programa Ponto e Vírgula, da Difusora AM, a autenticidade da carta-bomba escrita pelo médico Mariano de Castro, revelando detalhes da corrupção na Secretaria de Estado da Saúde (SES) do Maranhão (saiba mais).

O defensor é apontado como a pessoa que teria vazado os escritos, o que el negou.

“Não faria isso em hipótese alguma”, disse.

Segundo Santos, a carta-denúncia lhe foi entregue em mãos por Mariano de Castro, enquanto este estava preso preventivamente em Pedrinhas.

“Ele realmente me passou essa carta, pedindo alguns favores para que eu fizesse, para ajudá-lo. […] No dia seguinte, logo, eu passei essa carta para o cunhado dele. Ele passou para mim, no dia seguinte eu passei essa carta para o cunhado dele. Depois que ele foi solto, esse arquivo, que estava no meu celular, escaneado, eu dei fim porque não havia necessidade nenhuma mais para mim”, declarou.

A confirmação de José Carlos Sousa dos Santos derruba uma das principais teses dos comunistas do Maranhão: a de que o manuscrito detalhando a corrupção na SES poderia não ter sido feito por ele.

Destempero

Às voltas com o envolvimento da sua gestão em mais um escândalo de corrupção, o governador Flávio Dino (PCdoB) voltou a mostrar destempero nas redes sociais.

Em postagem feita ontem, ele insinuou que “cartas” foram “inventadas” pelo “coronelismo”.

A declaração do advogado José Carlos Sousa dos Santos, de que efetivamente recebeu o manuscrito vazado das mãos de Mariano de Castro derrubaram a tese do comunista.

Como assim?

Sem conseguir explicar o conteúdo das denúncias do manuscrito de Mariano de Castro, o Palácio dos Leões apela para debates acessórios, verdadeiras cortinas de fumaça, para desviar-se do foco central.

Um dos argumentos era o de que a carta-denúncia do médico era falsa, que não teria sido escrita por ele. Isso depois de os próprios comunistas alegarem que ele se suicidou por conta do vazamento dos escritos – e de terem até tentado criminalizar quem publicou o documento.

Mas como alguém poderia ter-se matado pelo vazamento de uma carta falsa, que sequer possuía sua assinatura?

Todas as teses mirabolantes, contudo, vão caindo por terra, uma a uma, sem que o governo consiga esclarecer as revelações do homem apontado pela Polícia Federal como operador do esquema que desviou R$ 18 milhões da Saúde do Maranhão.

 

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