Uma equipe de jornalismo foi recebida a tiros ao chegar para trabalhar na rádio 91 FM, no bairro Pilarzinho, em Curitiba, na madrugada de quarta-feira (8). Não houve feridos.
De carro, os jornalistas Ricardo Vieira e Silvia Valim, além do filho do dono da emissora, Moisés Pires, esperavam a abertura da rádio do lado de fora, por volta das 4h30, quando os disparos começaram.
O veículo de um dos jornalistas foi atingido. O suspeito de atirar fugiu do local.
“Não fazemos ideia da motivação, nem de quem pode ter sido. Pode ser tanta coisa. Optamos por deixar a polícia investigar, pois qualquer coisa que dissermos pode ser só especulação nesse momento”, disse a jornalista Silvia Valim.
Ela relata que foram mais de 10 tiros e que toda a equipe está atenta. “Precisamos ter pés no chão nesse momento e ponderar nos comentários”, acrescentou.
No local, de acordo com os jornalistas, a polícia recolheu 11 projéteis de calibre .40. As vítimas fizeram Boletim de Ocorrência (B.O) e aguardam o resultado das perícias do Instituto de Criminalística.
A Polícia Civil está investigando o caso. Por causa da situação, a equipe decidiu não voltar para a rádio na quarta-feira.
O que dizem sindicato e asssociação
Em nota, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) disse que repudia qualquer tipo de agressão ao jornalista e que já solicitou imediata medida de segurança no local, além de apurar junto à polícia um parecer sobre a investigação do caso.
A direção da rádio afirmou que possui uma equipe de vigilância para a rádio e que os profissionais dela devem acompanhar a entrada dos jornalistas nos próximos dias.
Também foi relatado o início de um projeto para construção de uma entrada exclusiva da emissora – hoje, ela é compartilhada com o mercado ao lado.
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) afirmou, por meio de nota oficial, que considera muito grave o ataque sofrido pelos profissionais.
“A ABERT condena com veemência todo e qualquer ato de violência contra o cidadão, em especial, contra profissionais da imprensa, e pede às autoridades locais uma rigorosa apuração dos fatos”, diz trecho da nota.
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