O empresário Eduardo Sampaio, com origens em Corrente do Piauí, prepara um plano de investimentos na ordem de US$ 5 milhões para o cultivo de cannabis medicinal nas cidades de Évora e Aveiro, em Portugal, por meio da empresa Piauhy, que leva o nome do estado do nordeste brasileiro.
A Piauhy pretende construir três unidades de negócio no país, sendo a principal delas na produção de medicamentos com cannabis a partir do laboratório em Évora.
O foco serão remédios no controle de epilepsia refratária. A segunda unidade, na cidade de Aveiro, irá se concentrar no processamento do cânhamo, variedade de cannabis com alto teor de canabidiol (CBD) e quase nada de tetrahidrocanabinol (THC, princípio psicoativo da planta).
O objetivo, segundo Sampaio, é produzir sementes ricas em CBD que podem ser usadas, por exemplo, para fazer para fazer cosméticos, bebidas, sorvetes e cappuccinos, de 10% a 15%, e baixíssima concentração de THC, algo menor do que 0,5%.
Apesar de ter sido criada em São Paulo, a companhia cresceu como pioneira na instalação de um laboratório farmacêutico certificado para produção de remédios com base de maconha no Uruguai. No país vizinho, são mais de 40 funcionários diretos.
O presidente é brasileiro, mas o grupo conta com sócios de diversas nacionalidades: da Itália, Argentina, Portugal, França, Uruguai e, futuramente dos Estados Unidos. Os profissionais vão desde empresários a engenheiros e neurocientistas.
EXCLUSIVAS
De longe
Eduardo Sampaio diz que o Piauí está dando certo e captando uma projeção maior do que seu próprio tamanho.
“O Piauí virou uma coisa ‘cool’, classificou.
Contrariado
O empresário quer investir no Brasil, mas esbarra nas normas impostas pela Anvisa em relação ao manejo da maconha.
“Hoje, você pode montar uma empresa de cannabis medicinal no Brasil? A resposta é não!”. “Essa é uma indústria regulada, então no dia que Anvisa permitir que se instale uma indústria aqui, nós iremos. Seremos o primeiro da fila”, garante.
Observação
O Parque de Exposição Dirceu Arcoverde de Teresina foi interditado pela Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi)após receber um cavalo com a doença de mormo.
Ameaça
O suposto caso de zoonose pode suspender de vez a Expoapi, maior feira de exposição agropecuária do estado, prevista para 30 de novembro deste ano.
Para atrapalhar
O deputado João Madison (MDB) falou que criaram um alvoroço e instabilidade em relação às vaquejadas, dizendo que o mormo chegou no Piauí.
“Tem gente querendo jogar para a plateia”.
Chamou para o debate
João Madison solicitou uma audiência pública para debater o assunto na Assembleia Legislativa ainda nesta semana. É urgente!
Ele tem razão
O pavor de Madison é o Estado começar a perder dinheiro por causa da suposição da doença no setor agro.
Doença de mormo
O mormo é uma doença infectocontagiosa, que atinge equinos e que pode ser transmitida para humanos.
Sintomas
Em animais, os sintomas da zoonose são: febre, fraqueza, corrimento viscoso nas narinas e a presença de nódulos subcutâneos, nas mucosas nasais, nos pulmões e gânglios linfáticos.
O contágio acontece através do contato com o material infectante, como pus, secreção nasal, urina e fezes.
O símbolo do Brasil
O sonho do Partido Podemos é filiar Sergio Moro e candidatá-lo ao Palácio do Planalto em 2022.
Na verdade, é o sonho da maioria dos brasileiros.