Vídeo: BOLSONARO NEGA QUE DISCURSO NA ONU TENHA SIDO AGRESSIVO

NEW YORK, NY - SEPTEMBER 24: Brazil President Jair Messias Bolsonaro speaks at the United Nations (U.N.) General Assembly at UN headquarters on September 24, 2019 in New York City. World leaders are gathered for the 74th session of the UN amid a warning by Secretary-General Antonio Guterres in his address yesterday of the looming risk of a world splitting between the two largest economies - the U.S. and China. (Photo by Stephanie Keith/Getty Images)

O presidente da república Jair Bolsonaro realizou, nessa terça-feira (24), o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Em entrevista exclusiva ao SBT, com a repórter Patrícia Vasconcellos, o presidente comentou sobre seu discurso, negando que o tom do mesmo tenha sido agressivo.

Acompanhado do filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, o presidente disse que as palavras do discurso não foram moderadas, pois o Brasil tinha uma “posição bastante servil e não falava de igual para igual” com os chefes de outros países. Por conta do momento em que o país vive, segundo ele, com muitas críticas, mentiras e fake news, Bolsonaro decidiu mudar a posição do discurso.

Em relação a receptividade da fala, Bolsonaro alegou que, apesar de em situações como essa alguns chefes de estado geralmente se retirarem, ele não viu ninguém sair e foi “até aplaudido“. O presidente também negou que o tom de seu discurso tenha sido agressivo, ressaltando que mostrou o que o Brasil representa para o mundo e citando o líder indígena caiapó Raoni Metuktire:

Só se o sinônimo de verdadeiro for agressivo, eu posso concordar, caso contrário, não. A ONU é o local onde muita gente enxuga gelo, passa o pano, e nós não fizemos isso. De forma bastante educada, bastante objetiva, mostramos a todos o que é o Brasil e o que ele representa para o mundo. Também, em especial, a questão indigenista, nós começamos a tirar da mão do Raoni o monopólio de poder representar o índio do Brasil“.

Bolsonaro acredita que sua mensagem sobre a Amazônia foi clara: “Ficou claro, é, você pode ver, eu citei a França e a Alemanha, por exemplo, que ocupam mais de 50% de suas áreas para a agricultura apenas, o Brasil ocupa 8%. O Brasil tem 61% de território preservado“, e afirmou que não há espaço para diálogo com o presidente francês Emmanuel Macron, que disse que a Amazônia é do mundo:

Eu estive com ele em Osaka, onde ele quis impor a sua agenda, para um encontro reservado, e não obteve sucesso. E depois, quando apareceu a questão de algumas queimadas na Amazônia, que estão abaixo da média dos últimos 15 anos, ele foi para o ataque, para a agressão, me chamando de mentiroso do nada e dizendo que a soberania brasileira tinha que ser discutida no tocante a Amazônia. Então, a partir do momento em que ele não volta atrás nisso, não tem clima para conversar“.

Ao final da entrevista, o presidente comentou sobre seu estado de saúde e sobre a viagem logo após a cirurgia, “antecipei o máximo possível para poder ter uma folga, e poder viajar pra cá em condições“, e disse que “se Deus quiser” estará completamente recuperado daqui 15 dias.

Bolsonaro encontrará ainda, na noite dessa terça-feira (24), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes de retornar ao Brasil. Após os discursos, ambos os presidentes conversaram, e Bolsonaro reafirmou que os dois países seguem alinhados:  “O Brasil e os Estados Unidos estão de mãos dadas praticamente em tudo o que interessa para a economia de nossos povos”.

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