A Justiça decretou a prisão temporária dos seis acusados de torturar uma pessoa dentro de um hipermercado em São Paulo. Os quatro funcionários do local e um terceirizado de uma empresa de segurança deverão ficar presos por 30 dias. Três deles prestarão depoimento nesta quarta-feira (25) para esclarecer dúvidas sobre o ocorrido. Um outro funcionário terceiro, acusado de participação no crime, foi identificado apenas como Marcelo e está foragido.
O caso de tortura aconteceu em março de 2018, mas as imagens só foram divulgadas neste mês. A vítima foi agredida com choques e um cabo de vassoura, além de ter sofrido ameaças durante todo o tempo. O principal agressor foi identificado como Ademir Ferreira dos Santos, chefe dos seguranças do mercado. Ele bateu no homem com o cabo. Já o responsável pelos choques e ameaças é Valdeir Nascimento, que também é segurança. Os dois foram indiciados pelo crime de tortura, com pena de até oito anos de prisão. Os outros presos vão responder por omissão, devido terem ficado assistindo ao invés de impedir as agressões.
A vítima também foi identificada, mas ainda não compareceu à delegacia. A polícia tenta convencê-la a reconhecer os agressores. Em nota, o hipermercado informou que demitiu os funcionários envolvidos e que colabora com as investigações.
Após a repercussão do ocorrido, uma ex-funcionária denunciou outro caso de agressão no hipermercado. Segundo ela, a violência também aconteceu no ano passado, quando um homem foi flagrado pelos seguranças furtando três pedaços de carne. Ele teria sido levado para uma sala do local, onde sofreu as agressões.
