Dia 19 de maio, comemora-se o Dia Nacional do Combate à Cefaleia

Dia 19 de maio, comemora-se o Dia Nacional do Combate à Cefaleia, assim como o aniversário de 39 anos da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe). A doença popularmente conhecida como dor de cabeça é a sétima mais incapacitante do mundo e atinge cerca de 140 milhões de brasileiros

Nós do Comitê de Leigos da SBCe lançamos neste mês de maio uma campanha “3 é demais”, mostrando a importância de que o indivíduo possui 03 ou mais dores de cabeça por mês durante pelo menos 3 meses, procure um médico, pois precisa de tratamento.

 

DIa Nacional de combate cefaleia

 

Com a vida cada vez mais corrida, alguns hábitos e comportamentos podem colaborar com o desenvolvimento das dores de cabeça: má alimentação, jejum prolongado, excesso de gordura e álcool e, atualmente, principalmente o estresse. Um dos erros mais comuns para tratar essas dores é a automedicação. No Brasil temos fácil acesso a analgésicos e anti-inflamatórios, isto permite que a população se automedique. Quando a frequência da cefaleia é baixa, dois ou menos episódios por mês, isto não acarreta maiores problemas. Porém, quando as dores de cabeça aparecem numa frequência superior, o paciente possui indicação de tratamento preventivo e a automedicação pode até piorar tanto a frequência quanto à intensidade dos seus sintomas.

As cefaleias podem ser divididas em primárias, quando a dor de cabeça é a própria doença, ou secundárias, quando a dor de cabeça é um sintoma de outra patologia. Embora as dores de cabeça mais comuns sejam as primárias, tipo tensional e enxaqueca, por exemplo, elas também podem apontar para uma doença neurológica mais complexa, como tumor cerebral ou hipertensão intracraniana. Por isso, tratar a dor de cabeça como algo normal e não buscar ajuda de um especialista pode comprometer o diagnóstico de uma doença em desenvolvimento.

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma das mais comuns formas de Cefaleia, a enxaqueca atinge em torno de 15% da população mundial. Só no Brasil, são mais de 30 milhões de pessoas sofrendo com essa doença. Um dos erros mais comuns encontrados na nossa prática é a confusão entre a enxaqueca e a cefaleia do tipo tensional, apesar de ambas terem características clínicas bem distintas. A enxaqueca geralmente ocorre em um lado da cabeça, é de moderada a forte intensidade, latejante e incapacitante, comumente se associa a enjoo, incômodo com luz e com barulho.

 

Dependendo da intensidade da enxaqueca, ela pode afetar a vida profissional e pessoal do enxaquecoso. Cerca de 90% de quem sofre dessa patologia tem algum prejuízo no trabalho, estudos, atividade de lazer e vida sexual. A enxaqueca possui uma relação muito grande com o estilo de vida – sedentarismo, tabagismo, obesidade, alimentação inadequada, transtornos do humor (depressão e ansiedade) e alterações orofaciais (disfunção temporomandibular). Por isso, geralmente o tratamento dos pacientes é realizado de maneira multidisciplinar, ou seja, com a atuação não apenas do neurologista, mas também do odontólogo, nutricionista, psicólogo, enfermeira e fisioterapeuta.

 

Há diversas formas de tratamento para a enxaqueca: medicações, fitoterápicos, neuroestimulador periférico, bloqueios anestésicos, acupuntura, toxina botulínica, etc. Cada paciente precisa ter o seu tratamento personalizado, deve-se fazer um planejamento terapêutico em cada consulta.

 

Para contribuir com a desmistificação das cefaleias e ajudar na divulgação de informações sobre o tema, os membros da SBCe distribuídos em todo o território nacional fazem ações de conscientização para a população a respeito das dores de cabeça.