PRESIDENTE DA CÂMARA DE CAXIAS É CITADO EM INQUÉRITO QUE APURA TRÁFICO DE DROGAS, ARMAS E LAVAGEM DE DINHEIRO

O presidente da Câmara de Caxias, Teódulo Aragão (PP), foi citado no inquérito da Operação Hesíodo da Polícia Federal que desarticulou, na manhã do dia 10 de junho, uma facção criminosa suspeita de tráfico de armas, drogas e lavagem de dinheiro.

Segundo trecho do documento ao qual a reportagem do Maranhão de Verdade teve acesso, o nome do chefe do legislativo caxiense aparece em mensagens obtidas pelos investigadores durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão que estavam no celular da esposa de Marcelo Gomes da Silva Moura, que é um dos investigados.

“Duas coisas chamara a atenção durante as buscas, porém, não foi necessário fazer a apreensão, mas apenas os registros dos fatos: A primeira é quanto o acesso do celular da esposa do investigado, existe uma conversa entre ela e um vereador da cidade de Caxias, em que a mesma pede para que Teodolo converse com o investigado para que esse pare de andar com os ciganos”, destaca trecho do relatório de investigação.

Outro detalhe que merece atenção é que dos quinze nomes que são investigados no inquérito, Teódulo Aragão tem ligação com pelo menos três deles.

Além de Marcelo Gomes, indícios também liga o vereador caxiense a Joelton Donny Brito Mota, 27 anos, e Mailson de Abreu Brito, 33 anos, vulgo Arrupiado.

Em junho, o Maranhão de Verdade divulgou a dupla que era responsável pelo gerenciamento do jogo de azar conhecido por BetsVip no município caxiense, chegou a ser presa em outubro de 2018, por posse ilegal de arma de fogo e lavagem de dinheiro, dois dos crimes investigados pela Operação Hesíodo que foi deflagrada no Maranhão e em vários outros Estados.

A reportagem analisa outros documentos que mostram detalhes da operação, mas esse é um assunto que iremos revelar nas próximas matérias. As investigações mostram o cerco ao grupo criminoso.

Os investigados, segundo a operação, teriam tarefas bem definidas dentro do esquema, alguns eram o “braço armado” do grupo, realizando cobranças de dívidas, outros realizavam a venda de drogas e armas, e alguns eram operadores financeiros para lavagem de dinheiro. Os envolvidos, caso condenados, podem responder em tese pela prática de crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo