Silêncio complacente

É complacente o silêncio do governador Flávio Dino (PCdoB) depois da revelação – feita por seus próprios aliados na Assembleia Legislativa – de que membros do governo estão usando a força da máquina estadual para angariar votos no interior do estado com vistas ao pleito de outubro.

Já foi citado nominalmente o secretário de Estado da Agricultura, Márcio Honaiser (PDT) – que nega, claro. E o titular da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF), Adelmo Soares (PCdoB), foi citado nas entrelinhas.

Nos bastidores, deputados reclamam também do presidente do Procon-MA, Duarte Júnior (PCdoB). Todos acusados de usar e abusar da força e da estrutura do governo para cooptar prefeitos e lideranças do interior que, ao longo dos últimos anos, já vinham mantendo conversas com parlamentares.

Mesmo assim, Flávio Dino prefere a imersão, como que para acobertar as práticas dos seus auxiliares. E como os deputados que reclamam não fazem muita coisa além disso, reclamar, o comunista empurra com a barriga mais essa crise na base, até que venha a próxima.

Nada nova
Apesar de haver estourado agora, após um discurso do deputado Raimundo Cutrim (PCdoB), essa crise de deputados com secretários não é nova.

Ainda em 2017 o secretário Adelmo Soares (Agricultura Familiar) atraiu a ira dos deputados da base ao assediar prefeitos aliados.

Ele chegou a ser convocado a dar explicações na Assembleia, mas os mesmos deputados que reclamavam nada fizeram quando estiveram frente a frente com ele.

Provas
A propósito de Adelmo Soares, há quem diga que ele tem deixado um rastro enorme de campanha eleitoral antecipada por onde passa.

O secretário é pré-candidato a deputado estadual pelo PCdoB e, segundo apurou a coluna, tem transformado os eventos da sua pasta em atos político-eleitorais.

Tudo registrado em vídeo, sob as barbas do Ministério Público, que, assim como Flávio Dino, segue silente.

Da coluna Estado Maior

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