Alô, Alexandre de Moraes! Candidata do Podemos que recebeu R$ 1,5 milhão do Fundo Eleitoral não tirou 500 votos

blog do Neto Cruz, sempre na persecução da informação com credibilidade, traz agora um fato que, provavelmente, será apurado pelas autoridades do sistema eleitoral.

Trata-se da “candidatura” suspeita da Assistente Social Jacinta José Da Costa Oliveira, natural da cidade de Igarapé Grande e que concorreu ao cargo de deputada federal pelo Maranhão nestas eleições.

Tendo legitimidade para concorrer, Jacinta José recebeu do partido Podemos, que tem como presidente estadual o deputado estadual, eleito federal, Fábio Macedo. Parafraseando Engenheiros do Hawaii: “Toda vez que falta luz, o invisível nos salta aos olhos”.

Votação fraca em relação ao valor recebido do Podemos chamou a atenção de filiados que concorreram sem a mesma estrutura financeira

O que andava “invisível”, até agora, foi o valor recebido por Jacinta da Direção Nacional do partido de Fábio Macedo, que foi eleito na 13ª posição com quase 100 mil votos.

Segundo dados do DivulgaCand do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jacinta recebeu, nada mais, nada menos, que R$ 1.500.000,00 (um milhão e meio de reais) do Fundo Eleitoral, como mostra a tela abaixo:

“A candidata (?) [Jacinta José] não conseguiu ter nem 500 votos. Ela não teve nem a coragem de fazer campanha? Enquanto isso, nós candidatos a deputados estaduais do Podemos não recebemos 1 real sequer”, desabafa candidata que não teve o mesmo “gesto” do partido Podemos.A disparidade entre o valor recebido pela candidata e a votação pífia chamou a atenção de filiados, que suspeitam se tratar de uma candidatura fictícia, conhecida como “laranja”. E, o único valor recebido foi esse, o que levanta ainda mais a suspeita.

blog tentou contato com a direção nacional do Podemos, assim como o comando do partido no Maranhão, sem sucesso. O espaço está aberto para os devidos esclarecimentos.

O QUE DIZ A LEI

Em 1ª sessão na presidência do TSE, Moraes diz que partidos que usarem candidatas laranjas terão ‘prejuízo muito grande’

Presidente do tribunal afirmou que a Corte não vai permitir candidaturas que tenham como objetivo apenas ‘fingir’ que as mulheres são candidatas. Lei determina mínimo de 30% de candidaturas femininas.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou que a Justiça Eleitoral não vai permitir candidaturas laranjas de mulheres para driblar a cota mínima de gênero nas eleições deste ano. Ele afirmou que o partido que fizer isso terá prejuízo “muito grande”.

A lei definiu um mínimo de 30% e máximo de 70% para candidaturas de cada gênero. Ou seja, cada partido precisa ter, no mínimo, 30% de candidatas mulheres. Só que, na eleição passada, houve denúncias de partidos que candidataram mulheres que não concorreram de fato, só para preencher a cota mínima.

“É importante demonstrar que a Justiça Eleitoral não irá permitir candidaturas laranjas simplesmente para fingir que as mulheres estão sendo candidatas”, afirmou o ministro.

“Ou seja, o prejuízo para o partido que incentivar candidaturas laranjas será muito grande”, completou o presidente do TSE.

Segundo o ministro:

“Importante que os partidos deem todo o apoio necessário e legal às candidaturas das mulheres para que possamos ter um equilíbrio maior da participação de gênero em todos os segmentos da política nacional”.