Ex-padre polaco que organizou orgia condenado a 18 meses de prisão

Segundo a imprensa polaca, Tomasz Z. foi considerado culpado de quatro crimes, incluindo aproveitar-se da incapacidade de outra pessoa de se defender para induzi-la a ter contacto sexual, além do uso de drogas ilegais.

Em agosto do ano passado, Tomasz Z., que era pároco do santuário da Virgem dos Anjos em Dabrowa Górnicza (sul da Polónia), organizou uma festa na residência paroquial com a participação de vários outros padres e de um prostituto que, devido às drogas que ingeriu, perdeu a consciência.

Quando a ambulância chegou ao local, o padre recusou-se a deixar entrar o pessoal de socorro, o que acabou por conduzir à intervenção da polícia e a que o incidente tenha sido tornado público, levando à suspensão das suas funções como pároco.

Os acontecimentos tiveram ampla repercussão nos meios de comunicação social e Tomasz Z. negou as acusações e atribuiu as críticas que enfrentou aos “ataques contra a Igreja, o clero e os crentes”, piorando ainda mais a sua imagem.

“Acho que se algo semelhante tivesse acontecido com qualquer pessoa, que tivesse uma profissão diferente, e não com um clérigo, não teria havido problema algum”, escreveu o ex-padre nas redes sociais logo após o incidente e antes de passar alguns meses na Turquia quando foi exonerado das suas funções.

No julgamento, que decorreu à porta fechada, foi também decidido que o ex-clérigo deve indemnizar a vítima em quase 4.000 euros.

Em outubro, o Vaticano anunciou a demissão do bispo da Diocese de Sosnowiec, onde Tomasz Z. serviu como sacerdote, sem dar qualquer explicação particular para esta decisão.

No entanto, meios de comunicação social polacos estabeleceram uma relação entre a demissão do bispo Grzegorz Kaszak com o escândalo ocorrido em Dabrowa Gornicza.

Antes de pedir a demissão, o bispo demitiu o padre de todas as funções em 21 de setembro e iniciou um julgamento canónico interno, cujo resultado poderia resultar em destituição ou laicização, de acordo com um comunicado no ‘site’ diocesano.

A Diocese de Sosnowiec foi no entanto abalada por outros escândalos, incluindo um diretor de um seminário local que teria sido preso em flagrante delito enquanto fazia sexo num clube ‘gay’, e outro sobre um padre de 46 anos que supostamente matou um diácono 20 anos mais novo antes de se atirar para debaixo de um comboio.

A Igreja Católica da Polónia, um dos países mais católicos do mundo, também tem sido atingida há vários anos por alegações de abusos sexuais de menores envolvendo o clero, escândalos que levaram à demissão forçada de vários bispos e atingiram reputação da instituição no país natal do antigo Papa João Paulo II.

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