São Paulo, Brasil
Foi pior do que o esperado.
Ronaldo e o ex-jogador Paulo André, responsáveis pelo futebol do Cruzeiro, não tiveram a menor consideração pelo maior ídolo do clube.
Foram mais do que frios, foram cruéis.
Não tiveram sequer contato com o goleiro, líder, capitão nos últimos 17 anos. Mandaram o diretor executivo, Pedro Martins, e Gabriel Lima, representando a atual gestão, dar o recado a Fábio: não o queriam mais no Cruzeiro.
Paulo André, que estava na sala ao lado da reunião, não quis participar da dispensa. Situação absurda, marcada por insensibilidade inexplicável. Não houve o menor respeito por tudo que Fábio fez pelo clube.
Pedro Martins e Gabriel Lima apenas avisaram que ele não ficaria mais no Cruzeiro.
O goleiro acreditou que o problema fosse dinheiro. Mais do que ninguém, ele sabia da dívida de mais de R$ 1,2 bilhão. Afinal, o clube deve mais de R$ 10 milhões de salários atrasados ao jogador. Já reduziu seu salário, que chegou a R$ 750 mil, para R$ 270 mil.
Fábio tinha a palavra do presidente Sérgio Rodrigues de que seu contrato seria renovado até dezembro de 2022. O dirigente fez questão de avisar, em novembro de 2021, que o acordo estava selado. O goleiro teria aumento para R$ 350 mil.
