Justiça nega pedido de prisão de William Bonner; jornalista ironiza situação

Nesse domingo, 16, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) informou que não acataria o pedido de prisão contra o jornalista William Bonner. A ação do advogado Wilson Issao Koressawa pedia a detenção do apresentador da TV Globo por declarar apoio à vacinação contra a Covid-19 para crianças e adolescentes.

Koressawa, que é bolsonarista e ex-candidato a deputado distrital pelo PSol, acusava o apresentador do Jornal Nacional de integrar uma suposta organização criminosa, a qual objetiva falar sobre os impactos positivos da vacina. Além disso, o advogado alegou que Bonner tenta induzir as pessoas ao suicídio, porém não apresentou provas das acusações.

A juíza Gláucia Falsarella Pereira Foley, responsável pelo despacho, classificou o episódio como um “delírio negacionista”. E reforçou o direito de liberdade de imprensa dos jornalistas. “O poder Judiciário não pode afagar delírios negacionistas, reproduzidos pela conivência ativa, quando não incendiados, por parte das instituições, sejam elas públicas ou não.”

Wilson Issao Koressawa também teve destaque na mídia em 2020, quando entrou na justiça com um pedido de prisão ao Superior Tribunal Militar (STM) contra 40 autoridades consideradas oposição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Entre as quais, segundo o site Metrópoles, estavam: o presidente da Rede Globo, José Roberto Marinho; os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF); 25 governadores, exceto o de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-RJ); e o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro.

Na noite do domingo, 16, após o anúncio da decisão judicial, William Bonner publicou uma foto em preto e branco no instagram, fazendo uma cara de assustado e em tom de ironia.

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