Mãe do menino Henry ganha liberdade, mas terá que usar tornozeleira eletrônica

Após quase um ano presa, Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, morto em março do ano passado, teve a liberdade concedida pela Justiça, nesta terça-feira (5), mas com a condição de usar tornozeleira eletrônica.

A juíza Elizabeth Louro, do 2º Tribunal do Júri da Capital, atendeu ao pedido da defesa de Monique, que alegou excesso de prazos em razão do adiamento de etapas do processo, e substituiu a prisão preventiva por monitoramento eletrônico. Elizabeth Louro considerou a segurança da ré e citou as ameaças que a mãe de Henry tem sofrido na cadeia.

“Ocorre que, mesmo em ambiente carcerário, multiplicaram-se as notícias de ameaças e violação do sossego da requerente, que, não obstante, não tenham sido comprovadas, ganharam o fórum das discussões públicas na imprensa e nas mídias sociais, recrudescendo, ainda mais, as campanhas de ódio contra ela dirigidas”, destacou.

Além de ter de usar a tornozeleira, Monique está proibida de se comunicar com terceiros, principalmente testemunhas. Ela só poderá ter contato com familiares e integrantes da defesa.

Na mesma decisão, a juíza manteve a prisão preventiva do padrasto da criança, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, mais conhecido como Dr. Jairinho.

A magistrada afirmou que os argumentos utilizados pela defesa de Jairinho para a revogação da prisão já foram analisados em outros momentos do processo, inclusive por instâncias superiores, e que não há nada a decidir. 

O casal foi preso em abril do ano passado, sob a acusação de atrapalhar as investigações do caso Henry. Monique e Jairinho são réus no processo que apura a morte do menino.