O momento em que um padre expulsa um padrinho de um batizado em Sergipe foi registrado em vídeo e gerou comoção de fiéis nas redes sociais.
O que aconteceu?
O padrinho, Gleidson Alves, era tio da criança que seria batizada na paróquia de Propriá (SE) na quarta-feira (3);
O padre Rones Soares Buzaim ficou irritado quando o homem foi questionado sobre nome completo da criança, consultou a esposa e demorou a responder, segundo familiares;
Ele não teria ouvido o que foi dito pelo padrinho e insinuou que o homem estava bêbado quando se recusou a batizar a menina;
Após desentendimento, o padre expulsou o padrinho e a menina não foi batizada.
Na hora ele tinha esquecido o nome completo, olhou para mim e me perguntou. E o padre disse: ‘Que padrinho é esse que não sabe o nome da afilhada? Não vou batizar não’. Meu esposo, que fala baixo, repetiu o nome da criança duas vezes, mas como ele estava com dois microfones, não dava para ouvir. Ele repetiu e o padre disse: ‘Não existe isso não, o padrinho não saber o nome da afilhada.
Luana conta que a Diocese de Propriá está ciente do caso, mas não tinha procurado a família até a manhã de hoje.
Nas redes sociais, moradores da região afirmaram que o padre, conhecido como “Ronny”, costuma constranger fiéis, que são, em sua maioria, pessoas com baixo poder aquisitivo
Teve uma vez que ele fez uma vergonha a uma menina porque o vestido que ela estava usando não era branco, era creme. Ele ficou a missa todinha falando, chamando atenção dela. Mas ninguém tinha vídeo para falar sobre ele e ele ficou acostumando.
Padre pede desculpas
Em carta aberta, o padre Rones pediu “perdão” aos fiéis, à família da criança e, “pessoalmente, ao padrinho”, definindo os dois últimos como os “principais afetados pelo ato”.
Reconheço que me exaltei e acabei com extrapolar os limites do bom senso. Pelo meu erro cometido, reitero o meu pedido de perdão, confiante na Misericórdia de Deus, a fim de que possamos viver na Unidade do Corpo Místico de Jesus Cristo, que é a sua Igreja.”
Também em nota, o bispo da Paróquia de Propriá, Dom Vítor Agnaldo de Menezes, informou que atua para compreender o contexto do ocorrido, “com prudência e cautela que o caso exige”, para tomar as providências canônicas pertinentes ao caso. O religioso, porém, não disse quais seriam as possíveis ações a serem tomadas.
O UOL buscou a Arquidiocese de Aracaju para saber se o padre vai receber alguma sanção e se há denúncias de abusos cometidos por ele, mas não recebeu retorno sobre o assunto até o momento. O espaço permanece aberto para manifestação.