Indignação. Esse é o tom dos discursos dos ambulantes realocados no Shopping dos Camelôs em Caxias, e que diariamente recorrem às redes sociais para expor os problemas do equipamento comercial, que vão desde a mínima estrutura dos boxes à falta de movimento no local.
Desde que foram “expulsos” do Calçadão da Afonso Cunha e ruas adjacentes, os ambulantes afirma que as vendas caíram mais de 80%.
“Precisamos de respostas do Poder Público. Aceitamos sair das ruas para trabalhar em outro lugar, com melhor estrutura, e não para ir para casa passar fome”, afirmou uma vendedora, ( Foto a esquerda) citando que muitos boxes estão fechados e pais e mães de família ficando doentes por conta da situação. Segundo ela, não há diálogo com o governo.
Outro ambulante que também fez críticas e também não quis se identificar parta não sofrer retaliações, denuncia que alguns boxes nunca foram sorteados e esses locais, estariam sendo “vendidos” por pessoas ligadas ao prefeito Fábio Gentil.
Entregue às pressas pela gestão municipal após quase sete intermináveis anos de espera, o Shopping dos Camelôs não é climatizado, e todos os permissionários tiveram que tirar do próprio bolso para pagar a instalação de luz nos boxes, bem como, não há um sistema de wifi com internet gratuita, o que facilitaria a vida dos vendedores que se utilizam do pix para efetuar as vendas, caso elas ocorram.
A promessa do prefeito Fábio Gentil era instalar no próprio Shopping, serviços públicos para garantir maior fluxo de pessoas no local, o que não ocorre até o momento.
Diante desse cenário, Fábio Gentil decretou a falência do comércio informal em Caxias, uma vez, que alegando reconstruir a área comercial, interditou o Calçadão e as Praças Gonçalves Dias e Matriz, locais onde se estabeleciam os camelôs. O pior, é que o Cabeludo deu ordens expressas para tirar na marra quem insistir em colocar suas barraquinhas nessas áreas ou próximos delas.
Vale lembrar que no dia da entrega do Shopping dos Camelôs, envergonhado pela situação dos camelôs, o governador Carlos Brandão, se quer visitou as instalações do local, e se limitou a um discurso em frente a obra, entregue sem mesmo ter sido concluída.
