SAÚDE: O que se comemora hoje sábado (29/01)

Dia Internacional do Hanseniano destaca importância do tratamento completo para erradicação da doença

Este sábado, 29 de janeiro, marca o Dia Internacional do Hanseniano, doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. A data visa chamar atenção das pessoas para a doença, que tem tratamento e cura, mas que segue infectando anualmente milhares de pessoas. Além disso, o preconceito ainda é um dos grandes desafios no combate à hanseníase.

No Brasil, essa doença tem índices de ocorrência alarmantes. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o país registrou na última década uma média de 30 mil novos casos, ocupando o segundo lugar no mundo, perdendo apenas para a Índia.

Para a dermatologista e professora do curso de Medicina do Centro Universitário Tiradentes (Unit/AL), Simone Aragão, uma busca ativa por parte dos profissionais de saúde pode conter o avanço da doença e ajudar a combater o preconceito que existe com a falta de informações básicas sobre a infecção.

“Como a maioria dos pacientes têm dúvidas em identificar se estão infectados pela hanseníase, é importante realizar campanhas educativas que ajudem a compreender o que é a doença, como prevenir e qual o tratamento. Por isso, contar com profissionais capacitados como médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde certamente vai conter a proliferação da doença”, destaca a dermatologista.

A transmissão da hanseníase ocorre por meio de contato contínuo com pessoa não tratada, evoluindo conforme características do sistema imunológico do infectado, onde apresenta múltiplas manifestações clínicas, exteriorizadas, principalmente, por lesões dos nervos periféricos ou cutâneas com alteração de sensibilidade.

Contudo, quanto mais cedo for feito o diagnóstico, menor é a chance de ter sequelas irreversíveis. “É uma doença curável que, se descoberta precocemente, não traz nenhuma agravante à saúde. O paciente suspeito de ter adquirido a doença deve rapidamente procurar uma unidade de saúde. Caso seja confirmada a contaminação, será necessário que familiares próximos também sejam submetidos a exames”, ressaltou Simone Aragão.

Tratamento completo

O tratamento se dá através da associação de alguns medicamentos antibióticos, podendo ser realizado em qualquer rede pública de saúde. O tempo de tratamento oscila entre 6 e 12 meses, de acordo com a gravidade da doença.

Com as primeiras doses de tratamento, o paciente atinge 90% de cura e diminui seu poder de contaminação – em alguns casos, é possível constatar que há uma eliminação total da infecção. No entanto, é importante que todas as etapas do tratamento sejam concluídas, excluindo de vez qualquer resquício da doença.

“Existem doses mensais que são aplicadas nas unidades de saúde e doses diárias, onde o paciente faz o tratamento em casa, comparecendo somente no fim do mês para um atendimento dentro da clínica”, informa a médica.

Assim como nas unidades de saúde de Maceió, a Policlínica de Medicina da Unit/AL, que fica localizada no Campus Amélia Maria Uchôa, na Avenida Gustavo Paiva, 5017, Cruz das Almas, também está apta para atender pacientes com suspeitas de hanseníase e dar os encaminhamentos necessários ao tratamento.

Fonte: Assessoria