Obesidade é assunto do Estúdio News des

A obesidade atinge mais de 30 milhões de adultos no Brasil. O aumento dos alimentos baratos cada vez mais processados, do valor calórico e diminuição dos nutrientes, são alguns dos responsáveis pela doença que também afeta cada vez mais jovens e crianças.

Os casos devem ser analisados de forma individualizada para a escolha do melhor tipo de tratamento, explica Marcio Mancini, vice-presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – SBEM.

“Existem muitos fatores ambientais que podem favorecer o aumento do peso, mas isso acontece em pessoas que tem uma suscetibilidade genética, não é todo mundo que vai ganhar peso exposto ao mesmo ambiente. Há muitas pessoas com obesidade que comem relativamente de forma saudável, que são até razoavelmente ativas, mas têm uma genética muito forte que pode fazer com que elas ganhem peso com mais facilidade”, destaca Mancini.

A gordura visceral concentrada no abdômen pode acarretar pressão alta, diabetes, entupimento das artérias, cirrose e câncer. Entre os brasileiros, os homens representam a maioria dos obesos, inclusive entre os mais jovens.

“Para ter uma ideia, hoje, 15 a 17% dos meninos já são adolescentes com sobrepeso caminhando para obesidade e essa taxa está em 10 a 12% para as meninas. Isso gera mil problemas, o bullying famoso, alterações hormonais, problemas de dormir como hipopneia, apneia, problemas articulares em desenvolvimento. É uma realidade, hoje temos uma faixa de 10 a 15% de adolescentes já com obesidade no nosso país”, ressalta Ana Olga Nagano Gomes Fernandes, médica cirurgiã do aparelho digestivo do Instituto de Obesidade e Diabetes do Hospital Moriah.

Considerada uma doença crônica, a obesidade exige um tratamento ininterrupto. “O primeiro ponto é tentar modificar os hábitos de vida, a gente sabe que é difícil e de cada 10 a 20 pacientes vamos ter um que vai ter sucesso mudando simplesmente hábitos de vida, por isso que existem as medicações e existe também, dependendo da gravidade do quadro, o tratamento cirúrgico”, observa o médico da SBEM.

Ana Nagano completa, “a obesidade é uma doença crônica que é uma pandemia e tem que ser tratada para sempre, o paciente precisa de acompanhamento, de suporte, psicólogos, nutricionistas, é multidisciplinar”.

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