Quer saber se o seu WhatsApp foi clonado pelo QR Code ou chip? Neste guia, confira melhores dicas para descobrir se o seu mensageiro foi invadido e saiba como se proteger
Por Ana Clara Frontelmo, para o TechTudo
25/07/2023 12h30 Atualizado há um dia
Como saber se o WhatsApp foi clonado? Descubra com estas dicas Reprodução/Unsplash/Tom Sodoge
É possível saber se o WhatsApp está clonado com algumas dicas simples. Como o mensageiro está entre os apps mais usados no mundo, as tentativas de invasões também tendem a ser grandes. O app, que está disponível para celular Android e iPhone (iOS), não funciona em dois smartphones ao mesmo tempo. No entanto, ao conseguir acesso ao aparelho ou ao chip do telefone – e, consequentemente, ao QR code do aplicativo – uma pessoa mal-intencionada pode visualizar suas conversas pessoais, incluindo fotos e vídeos.
Para se proteger e evitar que suas mensagens estejam na mira de invasores, há algumas recomendações essenciais, como verificar se há dispositivos não autorizados logados no WhatsApp Web/Desktop. Além disso, é importante reconhecer quando a plataforma está vulnerável. A seguir, conheça métodos para testar no seu celular e descobrir se o WhatsApp está sendo clonado ou “vigiado”.
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Seu WhatsApp foi clonado? Saiba tudo!
O TechTudo reuniu abaixo sete dicas que podem ajudar você a descobrir se o seu WhatsApp foi clonado, e também como se proteger para isso não acontecer. No índice a seguir, confira os tópicos que serão abordados nesta lista.
- Conferir aviso de conta do WhatsApp clonada
- Verificar atividades estranhas em sua conta
- Desconectar sessões ativas no WhatsApp Web
- Tome cuidado com apps espiões
- Como se proteger
- Como ocorre a clonagem do WhatsApp?
- Clonagem é diferente de roubo de conta
Como saber se o WhatsApp foi clonado? Descubra com estas dicas — Foto: Fernando Braga/TechTudo
1. Conferir aviso de conta do WhatsApp clonada
É altamente improvável que o mesmo número do WhatsApp seja usado em dois celulares simultaneamente. Portanto, se alguém obtiver acesso e autenticar sua conta em outro aparelho, você receberá um aviso informando que seu número está sendo usado em outro lugar. Isso quer dizer que alguém tentou registrar o mesmo número que você está usando atualmente.
No mensagem, é pedido que você confirme o seu dispositivo. Ao clicar em “Confirmar” e autenticar o seu número, a sua conta será reativada no seu smartphone. Agora, você precisa descobrir o motivo desse evento: se o seu número foi clonado por meio de um procedimento chamado “SIM swap” ou se você recebeu um código de seis dígitos sem ter solicitado. É de suma importância permanecer vigilante diante dessa situação.
Conferir aviso de conta do WhatsApp clonada — Foto: Reprodução/TechTudo
2. Verificar atividades estranhas em sua conta
É importante ficar atento às mensagens que você provavelmente não enviou e estão no seu celular. Outra dica interessante é verificar se uma conversa consta como lida, mesmo que você não tenha recebido a notificação ou visualizado o conteúdo.
Esse comportamento pode significar que o seu WhatsApp está ativo em um lugar diferente do seu aparelho. Falhas pontuais podem ocorrer no aplicativo – porém, se os episódios continuarem a se repetir, é preciso ficar alerta.
Verificar as mensagens enviadas e visualizadas é um dos métodos para saber se sua conta está sendo invadida ou não — Foto: Anna Kellen Bull/TechTudo
3. Desconectar sessões ativas no WhatsApp Web
O WhatsApp Web permite acessar a conta do mensageiro pelo computador. Basta digitalizar o QR Code do celular para visualizar suas mensagens no desktop em tempo real. Graças ao recurso, é possível verificar se há algum dispositivo não autorizado conectado ao aplicativo. Confira o passo a passo abaixo:
- Abra o mensageiro e clique na opção de “Configurações” do WhatsApp;
- Agora, o usuário deve ir na opção “Aparelhos conectados” e conferir quais aparelhos estão com sessões ativas;
- Caso você reconheça alguma movimentação estranha, é só tocar em um aparelho para desconectá-lo. Dessa forma, se houver algum dispositivo desconhecido conectado, ele será removido.
É importante sempre sair das sessões ativas do WhatsApp Web para evitar que acessem suas mensagens sem autorização — Foto: Reprodução/Anna Kellen
4. Tome cuidado com apps espiões
Por meio de aplicativos espiões, geralmente disponíveis em celulares Android, pessoas mal-intencionadas podem ter acesso às ligações e mensagens de seu celular, inclusive do WhatsApp. Vale lembrar que, para isso, é necessário ter acesso físico ao smartphone para instalar o app. Para se proteger, é necessário estar atento às movimentações suspeitas e softwares desconhecidos armazenados no aparelho.
O mSpy, por exemplo, é um programa criado com a função de ajudar os pais a monitorarem tudo que seus filhos acessam e recebem em dispositivos móveis. Além disso, também é utilizado por empresas que desejam seguir as ações de seus colaboradores nos celulares e tablets corporativos. O sistema pode ser polêmico por conta da instalação discreta e se for usado com objetivo diferente do proposto, como, por exemplo, para vigiar o WhatsApp de alguém.
Cuidado com apps espiões que podem monitorar seu WhatsApp — Foto: João Balbi/TechTudo
5. Como se proteger
Para evitar que seu WhatsApp seja invadido, é interessante seguir algumas dicas de segurança.
- Ative a verificação em duas etapas nas configurações da conta do WhatsApp. O recurso adiciona uma camada extra de segurança ao aplicativo;
- Não instale apps de fontes desconhecidas ou não autorizadas. Além disso, evite usar o mensageiro em versões “turbinadas”, como o GB WhatsApp, WhatsApp Aero eYo WhatsApp. Procure sempre baixar a plataforma a partir da Google Play Store ou App Store;
- Evite conectar o celular em conexões Wi-Fi desconhecidas;
- Para iPhone (iOS) e Android, há aalternativa de bloqueio por meio douso do Touch ID (impressão digital) no WhatsApp. É importante frisar que a atualização está disponível apenas para usuários do iPhone 5S e modelos superiores. Nos casos dos modelos iPhones X, XS, XS Max e XR, e superiores, a proteção é feita com reconhecimento facial;
- Não deixe o smartphone sem vigilância quando estiver distante dele. Evite compartilhar o aparelho com estranhos;
- Instale umaplicativo para colocar senha no WhatsApp. Dessa forma, quando alguém tentar acessar o mensageiro, será necessário digitar também a senha do aplicativo, além do desbloqueio normal do celular;
- Outra alternativa interessante é que agora o WhatsApp permite proteger conversas com senha; veja como fazer;
- Se o seu app já está hackeado, é possível desativar sua conta enviando um e-mail para o Suporte do WhatsApp (support@whatsapp.com). Se o perfil não for acessado por 30 dias, ele será excluído automaticamente.
6. Como ocorre a clonagem do WhatsApp?
A clonagem do WhatsApp é um tipo de golpe cibernético em que criminosos conseguem assumir o controle da conta de uma vítima, obtendo acesso a suas mensagens, contatos e mídias. Existem várias maneiras pelas quais a clonagem pode ocorrer, mas a mais comum envolve o uso do procedimento conhecido como “SIM swap” ou “troca de cartão SIM”. Abaixo, conheça esse método e outras técnicas que também podem ser utilizadas:
- SIM Swap (Troca de cartão SIM): neste método, o golpista entra em contato com a operadora de telefonia da vítima e se passa por ela, alegando que perdeu ou danificou o cartão SIM atual. O golpista solicita um novo cartão SIM com o mesmo número da vítima. Se a operadora não seguir protocolos rigorosos de autenticação, ela pode acabar ativando o novo cartão SIM sem verificar adequadamente a identidade do solicitante. Assim, o golpista recebe todas as mensagens e ligações direcionadas à vítima, incluindo os códigos de verificação do WhatsApp necessários para acessar a conta;
- Phishing: nesse método, o golpista cria sites ou mensagens falsas que se parecem com os de serviços legítimos, como o WhatsApp Web ou páginas de login do WhatsApp. A vítima é enganada a fornecer suas credenciais, como número de telefone e código de verificação, pensando que está logando em sua conta legítima. Com essas informações, o golpista pode acessar a conta da vítima;
- Aplicativos maliciosos: alguns apps de terceiros podem ser projetados para se parecerem com o WhatsApp ou oferecerem funcionalidades extras. No entanto, ao instalar esses aplicativos, a vítima acaba fornecendo acesso a sua conta do WhatsApp;
- Engenharia social: neste método, o golpista manipula a vítima, muitas vezes por meio de mensagens ou ligações, convencendo-a a compartilhar informações pessoais ou códigos de verificação;
- Acesso físico ao dispositivo: se o dispositivo da vítima for deixado desbloqueado ou se o golpista tiver acesso físico a ele, é possível que a conta do WhatsApp seja clonada.
Como ocorre a clonagem do WhatsApp? — Foto: Reprodução/Unsplash
7. Clonagem de WhatsApp é diferente de roubo de conta
O golpe do WhatsApp clonado ocorre quando um criminoso acessa secretamente a conta legítima de alguém em outro dispositivo móvel, sem o conhecimento da vítima. Em seguida, o golpista envia mensagens aos contatos da vítima.
Por outro lado, no caso de roubo de contas, o golpista não precisa do código de ativação – ele cria uma identidade falsa usando dados pessoais adquiridos, como número de telefone, endereço e fotos de perfil. Usando essa identidade falsa, o golpista inicialmente pode alegar ter mudado o número de telefone. Em ambos os golpes, o objetivo é o mesmo: enganar os contatos da vítima, solicitando dinheiro emprestado com desculpas de emergências ou contratempos fictícios.
Clonagem de WhatsApp é diferente de roubo de conta — Foto: Reprodução/Anna Kellen